Desde sexta-feira venho me sentindo um pouco como o Chaves no famoso episódio em que Dona Neves promove uma manifestação trabalhista no restaurante de Dona Florinda. Vejamos.
Dona Florinda, assim como Eduardo Paes, Cláudia Costin e companhia, se mostraram irredutíveis desde o começo - mas agora começam a ceder.
Dona Neves equivale à atual direção do SEPE - tenta estabelecer uma parceria com Chaves, mas há muitos ruídos na comunicação.
Nós, professores, somos o Chaves.
Os alunos e a comunidade escolar são o Jaiminho.
Nos encontramos agora diante de um dilema: servimos a torta, ou retiramos a torta? Assim como Chaves, todos nós desejamos profundamente servir a "torta" da Educação de qualidade. Mas que torta? Nesse momento, só temos uma tortinha mixuruca, com massa ruim e recheio podre. Não satisfaz a fome dos nossos alunos. Faz até mal, provoca indigestão.
Por enquanto, nos próximos dias, acho melhor para os "jaiminhos" de nossas escolas, retirar a torta. Se avançarmos em nossas reivindicações, eles e seus filhos terão uma torta MUITO melhor para comer depois...
Por outro lado, precisamos cuidar melhor do diálogo entre a categoria e a direção do SEPE, para evitar o desentendimento e prosseguirmos juntos até o final, ao contrário do que acontece entre Chaves e Dona Neves!
O que não podemos deixar é acabar como o episódio de Chaves, cuja mensagem é conservadora - no fim das contas, não há conquistas do jovem trabalhador, mas concessões patronais "espontâneas" derivadas de uma conscientização da Dona Florinda. Até porque já vimos que não podemos esperar nada nesse sentido...
Por isso, colegas professores, meu grito na segunda-feira será: "Retire a torta"!
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