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quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Cogito, ergo...

"Se Descartes nos ensinou, a nós modernos, a dizer 'eu penso, logo existo' - a dizer, portanto, que a única vida ou existência que consigo pensar como indubitável é a minha própria -, o perspectivismo ameríndio começa pela afirmação duplamente inversa: 'o outro existe, logo pensa'. E se esse que existe é outro, então seu pensamento é necessariamente outro que o meu. Quem sabe até deva concluir que, se penso, então também sou um outro. Pois só o outro pensa, só é interessante o pensamento enquanto potência de alteridade".
Eduardo Viveiros de Castro





quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Intelectualidade, crítica e dialética

O exercício do intelectual é a crítica. Custe o que custar, doa a quem doer. 

Sem crítica, não há diálogo, ficamos nos monólogos e solilóquios, falando para nossos umbigos. Nesse sentido sou voltairiano à outrance: posso discordar completamente da sua opinião, mas lutarei até a morte pelo seu direito de manifesta-la (e até farei algum esforço para ouvi-la, entende-la e responder educadamente). 

Infelizmente, a cultura da "lacração", do "cancelamento" e similares caminha no sentido oposto. Recorre à estética vitoriana do vexame para impor formas de censura tácita. Enfim, é o tipo de manifestação que não me agrada, nem me interessa
.
Por sinal, ponderar honestamente sobre as críticas dos "inimigos" é um ótimo exercício de autocrítica. Muitas vezes o "inimigo" sinaliza defeitos que o amigo prefere ocultar. Às vezes o inimigo pode ter alguma dose de razão. 

Como dizia Sócrates, "A verdade não está COM os homens, está ENTRE os homens". É no espaço relacional e dialógico do "entre" que a dialética se faz possível.



quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Picaretagem, sensatez e tirania

No Brasil já se tornou comum tomar picaretagem por sensatez e oportunismo por racionalidade. Assim sendo, pouco espanta que vez por outra nos coloquemos à mercê de tiranos devidamente rodeados e apoiados por sensatos picaretas e racionais oportunistas. Somos gado de corte que de bom grado acredita nas boas intenções do açougueiro e entrega a cutelaria em  mãos de pessoas cujo juízo, esperamos, sirvam de rédeas ao sanguinário frenesi do matadouro. Como o peru, seguimos cada vez mais confiantes na benevolência do granjeiro até a véspera do Natal. Entregamos o ônibus ao mais embrigado motorista, jurando que os freios nos protegerão. Eternos otimistas, mesmo com a faca na jugular, acreditamos que tudo acabará otimamente bem. O importante é aguardar o próximo Carnaval e as proezas da seleção em alguma Copa do Mundo. Em algum ponto da eternidade, cedo ou tarde, alcaçaremos o acalentado hexa...




Intelectuais, Acadêmicos e Diplomados

Eu faria a seguinte distinção: existem "intelectuais" (raros), "acadêmicos" (numerosos) e "diplomados" (pessoas com um diploma universitário embaixo do braço - uma multidão). 

O "diplomado" é o sujeito que fez graduação, mestrado ou até doutorado, arrumou um emprego, parou de estudar, se estagnou e vive fazendo militância em redes sociais. 

O "acadêmico" é aquele sujeito bitolado que não larga o osso, segue pesquisando, vira um especialista em alguma irrelevância qualquer, cumpre religiosamente a burocracia universitária, publica um monte de coisas absolutamente banais escritas dentro dos padrões de decoro acadêmico, cita os autores da moda e segue o rebanho conforme as conveniências do momento. Como diria o Nobel de Física Richard Feynman, é o tipo de pessoa que trata a academia como um clubinho e se ocupa sobretudo de mesquinharias e futricas variadas.

O "intelectual" é alguém que pensa com a própria cabeça, pesquisa, lê e estuda com muito afinco, mantém os horizontes abertos, não vira um especialista bitolado, publica pouco, mas com qualidade, não vive atrás de modismos e conveniências, exerce constante crítica e autocrítica - e nem precisa necessariamente ter algum diploma.





quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Paranoia pandêmica

Relato de uma conversa presenciada por um amigo: 

Meus queridos, acompanhando aqui o vigésimo terceiro minuto de um debate a respeito do futuro da humanidade...

Resumidamente, a pandemia foi um grande plano das famílias mais poderosas do mundo para jogar a humanidade no caos e ampliar o seu domínio sobre o planeta.

O objetivo final dessa etapa do plano é convencer/obrigar a maior quantidade de pessoas a se vacinar, implementando dispositivos de leitura orgânicos para ampliar o controle sobre as populações.

Tudo isso representa uma etapa preliminar e preparatória para o golpe final, que visa a implantação da NOM (Nova Ordem Mundial), onde todos os dados do mundo, desde dados bancários até registros civis e profissionais, serão deletados por ordem dessas famílias mais ricas, sob a desculpa de sucessivos ataques hackers

O grande comandante dessa operação seria o fundador do Fórum Econômico Mundial, que tem áudios e vídeos espalhados pela internet confirmando a veracidade de todas essas informações 

A ideia é implementar a NOM em meio ao caos absoluto e à anarquia decorrente desse apagão global de dados, a partir de uma aliança entre essas famílias mais ricas (essencialmente anticristãs e antissemitas) e a China, impondo ao mundo, a partir de então, a ditadura do ateísmo e do esquerdismo, que nos levará para a perdição definitiva...



Lugar de fala e "interpretação ad hominem"

"Eu não tenho como emitir opinião sobre esse texto, porque eu não conheço o autor, não sei se ele é branco, se ele é gay, se ele é negro, se ele é índio..."

Vi por aí. Pois é.