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quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Razões da vítima

A vítima tem sempre razão? Depende de quem for a vítima, ao que tudo indica.

Algumas são inquestionáveis, mas existem vítimas mais convenientes que outras. Não basta sofrer uma injustiça, é necessário ter o perfil certo. Em alguns casos, qualquer questionamento é pecaminoso; por outro lado, sempre é possível insinuar dúvidas ou suspeitas acerca de vítimas inconvenientes.

Ter o perfil errado talvez seja pior que estar no lugar errado, na hora errada...


quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

O preconceito do vizinho sempre é muito mais grave que o meu. Na verdade, não tenho preconceito nenhum. Nem contra o meu vizinho.

Bolsonaro em Davos

Se o discurso do presidente no Fórum Econômico fosse uma redação para avaliação, ficaria com nota vermelha, como o estudante preguiçoso que não atinge o mínimo de linhas solicitado. Se fosse uma entrevista de emprego, não resultaria em contratação. Uma peça de oratória vaga, evasiva, superficial e constrangedoramente breve. Revisando a repercussão internacional, as avaliações mais generosas tenderam a vê-lo como inócuo. Na melhor das hipóteses, não afastará investidores; certamente não atrairá nenhum. Afinal de contas, investidor internacional não é eleitor...

P.S.: como nota adicional de demagogia barata, o almoço em self-service de supermercado dispensa comentários. Cedo ou tarde chegará o momento em que o exagero da performance ficará evidente até para a plateia doméstica.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

sábado, 12 de janeiro de 2019

Democracia em perigo

Trecho do livro Como as democracias morrem, de Steven Levitsky e Daniel Ziblatt

Nós sabemos que demagogos extremistas surgem de tempos em tempos em todas as sociedades, mesmo em democracias saudáveis. Os Estados Unidos tiveram o seu quinhão, incluindo Henry Ford, Huey Long, Joseph McCarthy e George Wallace. O teste essencial para a democracia não é se essas figuras surgem, mas, antes de tudo, se líderes políticos e especialmente os partidos políticos trabalham para evitar que eles acumulem poder - mantendo-os fora das chapas eleitorais dos partidos estabelecidos, recusando-se a endossar ou a se alinhar com eles e, quando necessário, juntando forças com rivais para apoiar candidatos democráticos. Isolar extremistas populares exige coragem política. Porém, quando o medo, o oportunismo ou erros de cálculo levam partidos estabelecidos a trazerem extremistas para as correntes dominantes, a democracia está em perigo.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

A mais poderosa invenção

Existirá invenção humana mais poderosa que o ponto de interrogação? A ínfima partícula textual pode conter mais energia que qualquer núcleo atômico. Uma bomba atômica pode destruir cidades, mas um ponto de interrogação é capaz de destruir universos inteiros. É porta aberta aos mais inusitados caminhos. É semente de inquietação, cujos ramos podem conduzir aos mais inesperados frutos. Haverá mortal capaz de manusear força tão tremenda?


terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Recuerdos de Brasil

Lembra aquele Leo Pinheiro, réu da Lava-Jato, que montou triplex pro Lula em Guarujá? O genro dele agora é presidente da Caixa Econômica Federal. Aliás, com ou sem Lava-Jato, botar genro de empreiteiro dirigindo a maior instituição pública de financiamento imobiliário do país é uma decisão, digamos, curiosa. Deve ser para combater a corrupção, é claro. Essa "nova" política brasileira está ficando cada vez mais interessante. Em termos de criaturas mitológicas, prefiro unicórnio, mula-sem-cabeça, ciclope, Papai Noel, Coelhinho da Páscoa...

sábado, 5 de janeiro de 2019

Demagogos do Brasil

Lula era um demagogo. Bolsonaro é outro. Cada um, a seu jeito, seguidor da Escola Janio Quadros de Demagogia Popularesca que tanto sucesso faz nesse Brasil desesperado por "salvadores da pátria". Do sanduíche de mortadela à caneta Bic, cada ator com seu figurino de "homem do povão", mais ou menos convincente. Parodiando o cancioneiro político nacional, "não tenho demagogo de estimação".

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Opinar não é pensar

Pensar não é sinônimo de fabricar opiniões.

O pensamento livre deve se dar ao luxo de não ter opiniões formadas e fechadas sobre todos os assuntos. Nada mais tóxico para o verdadeiro pensador que as opiniões consumidas com voracidade, mal mastigadas e pior digeridas. A opinião amadurecida e fundamentada é fruto do pensamento contínuo, sereno e até lento - e não o contrário. Tal procedimento se assemelha mais ao laborioso cultivo que à apressada edificação. Seu resultado parece mais árvore bem arraigada que casa que desmorona.


terça-feira, 1 de janeiro de 2019

E daí?

O discurso da primeira dama em LIBRAS me soa como demagogia barata. Não sou de me emocionar com esse tipo de coisa e tenho poucas tendências à Síndrome de Estocolmo. Diante de todas as atrocidades que Bolsonaro já disse em outras circunstâncias, fica como aquele buquê de flores trazido pelo marido que espanca a mulher. Um gesto fofo não mascara mil barbaridades. Que ao menos ele apresente políticas públicas consistentes para os portadores de necessidades especiais para que o gesto realmente signifique alguma coisa.

Simplicidade e liberdade

“Não importa quão má seja sua vida, aceite-a e viva-a; não a rejeite e a trate com aspereza. Ela não é tão ruim quanto você. Ela parece mais pobre quando você é mais rico. O buscador de defeitos os encontrará até no paraíso. Ame sua vida, pobre como ela seja. Você pode ter talvez algumas horas agradáveis, emocionantes, gloriosas, até numa casa pobre. O sol poente se reflete na janela da cabana tão brilhante quanto na residencia do rico; a neve se derrete ante suas portas igualmente cedo na primavera. Cultive a propriedade como uma erva de jardim, como sálvia. Não se perturbe muito para conseguir coisas novas, sejam roupas ou amigos. Use as roupas velhas, retorne aos velhos amigos. As coisas não mudam; nós mudamos. Venda suas roupas e guarde seus pensamentos… Riqueza supérflua só pode comprar coisas supérfluas. Dinheiro não é necessário para comprar aquilo que a alma necessita”.

“Eu fui para os bosques porque desejava viver deliberadamente, enfrentar apenas os fatos essenciais da vida, e ver se eu podia aprender o que eles têm a ensinar, e não, quando eu morresse, descobrir que não tinha vivido” (Henry David Thoreau, Walden ou a vida nos bosques, séc. XIX).


No clima

Meia noite e vinte:

-Uh, é Bolsonaro!
-Calaboca, p***a!
-O Bolsonaro vai acabar com isso! Vocês vão tomar tiro!

Meus vizinhos começaram 2019 num belo clima de tolerância e respeito mútuo. Em 2022 tem Copa. Resta saber se ainda vai ter Brasil...