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quarta-feira, 25 de maio de 2022

Brasil - A pústula e os esparadrapos

Poética constatação do historiador Ivan Silva


Caiu por terra nosso verniz de democracia e civilidade. Bolsonaro é o olho da pustula social brasileira que explodiu, apesar de encoberta sob os esparadrapos mal cheirosos de nossa trajetória histórica de desmandos e desigualdades.

Coragem e prudência caminham juntas. Coragem sem prudência é mera temeridade; prudência sem coragem é reles covardia. Uma não existe sem a outra, são faces de uma única medalha. Mais que complementares, são coexistentes.

quarta-feira, 18 de maio de 2022

quarta-feira, 11 de maio de 2022

As maiores belezas permanecem persistentemente ocultas aos sentidos. Há na vida um certo mistério que melhor se percebe nos momentos e circunstâncias mais inesperados. A beleza mais profunda costuma se manifestar em gestos banais e triviais que nos tocam de maneiras que mal conseguimos descrever.

quarta-feira, 4 de maio de 2022

Armadilhas da interpretação

Comentário adaptado de uma discussão com amigos acerca de um texto atribuído a Richard Wagner por um antigo periódico brasileiro

Sobre o (suposto) pensamento de Wagner, convém cautela com os anacronismos e juízos de valor na análise das fontes. Antes de tudo, me chama atenção o fato de que o texto em questão é sobre a música, não sobre a mulher. Acho complicado pensar essa passagem desconsiderando o contexto mais amplo da "mística" wagneriana - tema controverso entre os próprios especialistas na obra wagneriana, segundo suas respectivas vertentes. 

A produção operística de Wagner é uma das mais complicadas, em termos de interpretação, tendo em vista a variedade de camadas de significados e simbolismos que o compositor atribuiu a suas obras ao longo da carreira, bem como o emaranhado constituído por suas concepções quase religiosas em torno da Arte, como bem explora o historiador Karl Schorske em magnífico ensaio onde coteja as respectivas trajetórias do compositor alemão e do artista visual William Morris.

Às vezes nos concentramos em frases e trechos mais escandalosos e perdemos de vista o resto - e isso me parece arriscado em termos de hermenêutica. No caso em apreço ainda entrariam em questão a seleção operada pelo periódico brasileiro, e as especificidades da tradução. Enfim, ranzinzices metodológicas - todavia, sempre necessárias
Convém ainda considerar a questão da recepção - como uma leitora brasileira de 1907 interpretaria o texto?