Texto do Prof. Moysés do Carmo
Nós entramos nessa greve divulgando a toda a sociedade (inclusive pais dos nossos alunos) que "não é uma greve só por salários. Essa greve é por uma educação pública de qualidade". Essas são as palavras repetidas inúmeras vezes pelos integrantes do SEPE frente às câmeras e nas assembleias.
E agora, após uma única reunião com o prefeito (a única em seus dois mandatos), voltam em clima de "vitória", por 8% de aumento, e a redução para um mês para discutir e votar (nada garantido) o plano de carreira.
Agora eu pergunto ao sindicato:
Não foram colocados na reunião a questão pedagógica; a climatização das salas de aula (o que afeta diretamente a saúde, nossa e de nossos alunos); um mínimo comprometimento com uma progressiva redução da quantidade de alunos por turma (o que igualmente afeta nossa qualidade de vida e do ensino); a questão do 1/3 da carga horária para planejamento (o que já é uma lei federal e não cumprida pelo município - nem estado); novos concursos para funcionários; a questão da meritocracia, etc !? Se foram questões colocadas em discussão, por que não constam na ata?
Desta forma, entendo que, COM O FIM DA GREVE, QUEM SAIRÁ VITORIOSO É O GOVERNO. Os profissionais da Educação permanecerão por tempo indeterminado com condições desumanas de trabalho, adoecendo periodicamente pela psiquiatria, com as cordas vocais massacradas, enfim, com problemas de saúde sérios. Os alunos, tratados como massa, depositados e acumulados nas salas de aula, em escolas que se parecem com presídios.
Repudio completamente a posição do SEPE. Sindicato Governista. Se aliou, se rendeu ao autoritarismo e indiferença deste governo com a Educação (e demais serviços públicos). Portanto, IREI À ASSEMBLEIA DEFENDER A CONTINUIDADE DA GREVE, POIS NÃO ENTREI NESSA LUTA EM VÃO. NÃO ME DESGASTEI, CORRI ESCOLAS PARA MOBILIZAR COMPANHEIROS EM VÃO. ABAIXO O PELEGUISMO DO SEPE. NÃO NOS ILUDAMOS ! ESSA LUTA É NOSSA!
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