Estereótipos
podem ser bem usados pelo escritor, desde que se saiba bem com que finalidade. Usar
estereótipos abre possibilidades muito interessantes no campo da
narrativa propriamente dita. Me parece que o problema todo é: o escritor usa os estereótipos ou os
estereótipos "usam" o escritor? Quem está "no comando" da situação? Para narrativas cômicas ou satíricas,
por sinal, o estereótipo pode ser uma ferramenta maravilhosa.
Os
já clássicos filmes da franquia De volta para o futuro são um ótimo exemplo de narrativa
brilhante elaborada a partir de estereótipos. Doc Brown é apenas um
"cientista maluco" e Marty McFly é o clássico "adolescente inseguro que
tenta parecer descolado". Os personagens secundários são apenas
valentões, garotas românticas, nerds, o inspetor durão da escola, o bandido do Velho Oeste... e tudo funciona
maravilhosamente!
Por outro lado, essa obsessão recente por "personagens profundos"
muitas vezes se torna uma receita para a "xaropada"...
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