O Brasil se tornou uma espécie de tragicomédia policial em que cabe aos cidadãos o gozo quando são presos seus desafetos políticos, a indignação quando se prendem os políticos estimados e a certeza de que "as instituições funcionam" quando uns e outros conquistam a almejada prisão domiciliar.
Esse lamentável estado de coisas seria perfeitamente evitável se, enquanto coletividade cívica, votássemos mais com o cérebro que com o fígado. O povo brasileiro está criando o péssimo hábito de "resolver" como matéria penal aquilo que deveria ser questão eleitoral.
Que sejam presos aqueles que sequer deveriam ter sido eleitos é um alívio, mas é lamentável que tenham sido eleitos (e até reeleitos), em primeiro lugar.
Mas ainda há tanta gente por prender...
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