As ruínas do Museu Nacional permanecerão como eterno testemunho do povo medíocre que somos. Não conseguimos água para apagar um incêndio. O povo brasileiro é uma farsa. O Estado do Rio é uma fraude.
Somos o cheque sem fundo de um banco falido. Somos a maior coletividade de panacas do mundo.
Ao contrário de outros povos, não temos sequer a dignidade de destruir nossos monumentos em arroubos de fúria iconoclasta. Simplesmente deixamos tudo fenecer como uma planta mal regada.
Vivemos como crianças mimadas quebrando brinquedos caros por mero descuido. E depois matamos crianças a caminho da escola, porque nem a vida humana nos é preciosa.
Todas as nossas tragédias se tornam banais, porque somos um povo banal. Pior que a banalização do mal é o mal da banalização.
Somos um povo ridículo, até em nossas tragédias; principalmente em nossas tragédias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário