Tudo que digo tem múltiplos sentidos.
Teço meus tapetes apenas para puxá-los depois.
Sou mosca-aranha, capturada na própria teia.
Sou como o macaco que devora onças.
Meu rosto sempre esconde uma máscara.
Minhas mentiras são absolutamente verdadeiras, e minhas realidades inteiramente sonhadas.
Sujeito, porque objeto; objeto porque suspeito.
Sou nuvem e rio; bota e estrada; sol, chuva e arco-íris.
Azul contra azul, vejo as estrelas atrás do sol.
Vejo apenas o nascer do sol que se põe.
Todos os meus sentidos têm múltiplos dizeres.
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