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terça-feira, 14 de abril de 2020

Manifesto Pós-Pandêmico

Sou apenas um professor brasileiro do Ensino Básico e um acadêmico mais que inexpressivo. Sou Nada, talvez Menos-que-Nada. Sou Ninguém e Qualquer-Um ao mesmo tempo.

Principal e profundamente, sou o pai de dois bebês mortos, Miguel e Luiz Miguel. Aqui ponho minha pele e minha alma em jogo - lhe imploro humildemente para ouvir minha pobre voz.

Das profundezas do sofrimento eu grito para você: ouça o pranto de um pai enlutado. Conheço em carne, sangue, coração e lágrimas os limites da humanidade. Todo o conhecimento da Ciência e o poder da Tecnologia não foram suficientes para salvar meus filhos natimortos.

Somos pouco mais que primatas espertos com delírios de grandeza. Somos crianças brincando com facas, motosserras e armas. Somos tão mortais e frágeis quanto nossos ancestrais paleolíticos, embora nos persuadamos a acreditar que somos semi-deuses.

Agora estamos vivendo em nossa muito própria hora mais sombria. Um miserável, invisível, miscroscópico vírus está rastejando entre nós, espreitando e predando nossa carne com garras e dentes afiados. É necessário muito, muito menos que um tigre ou um tubarão para estraçalhar um ser humano.

Estamos trêmulos em nossas casas, apavorados por esse vírus como nossos ancestrais em suas cavernas assustados pelo dentes-de-sabre que rondava. Como o arrogante filho de Dédalo cruzou os ares, nós visitamos a lua - e podemos cair da mesma maneira. Podemos gritar como Ájax em seu rochedo, e ser esmagados pelo mesmo raio. A hybris sempre cobra seu preço.

O terremoto de Lisboa em meados do século XVIII aterrorizou todos os pensadores do Iluminismo e os fez sonhar com um mundo onde o Homem seria senhor de todas as coisas. Temos vivido para e através desse sonho, e ele se parece cada vez mais e mais com um pesadelo.

Na esteira da Revolução Industrial fantasiamos que a Ciência e a Tecnologia, como uma cornucópia mágica, poderiam nos servir esplendorosos e infinitos prazeres, deleites e entretenimento. Para alguns de nós, realmente fizeram e fazem.

Como Dr. Fausto, aceitamos a barganha mefistofélica, e agora pagamos com nossos corpos, vidas e almas.

Nós barganhamos e negociamos os tesouros mais preciosos que possuímos, Tempo e Vida, por bugigangas descartáveis que rapidamente desfrutamos e ainda mais brevemente esquecemos. Trocamos nosso precioso Tempo para adquirir vãos, banais e efêmeros prazeres que mal preenchem o tédio de nossas vidas. Corremos, corremos e corremos para ganhar medalhas de plástico sem qualquer valor.

Levamos vidas atribuladas e fúteis, realizando conquistas ridículas e vazias. Nossos corações são terrenos baldios. Parafraseando Henri Bergson, quase cem anos atrás, compramos chapéus elegantes para cobrir o vácuo de nossas cabeças.

Comemos, e ainda assim permanecemos famintos. Há uma fome dentro de nós, e uma sede insaciável. Lutamos e agonizamos, torturados por nossos desejos sempre crescentes e insatisfeitos. Vivemos como cães loucos correndo atrás de carros.

Essa fome é tão cruel que nos compele a predar contra nós mesmos e nossa terra, água e ar. Somos predadores insaciáveis, devorando tudo a nossa frente e deixando um rastro de pútridas fezes atrás de nós, até o dia amargo em que precisaremos comer as próprias fezes que deixáramos para trás - e então, finalmente, submergir, nos afogarmos e sufocarmos nestas fezes. E assim, após desperdiçar nosso precioso Tempo, destruímos nossa insubstituível Vida.

Tempo e Vida são tão preciosos pois são únicos. Não há modo de recuperar o Tempo gasto e a Vida perdida. Nenhum cientista, engenheiro, médico, banqueiro, industrial, presidente, rei ou imperador pode devolver meus dois bebês. Eles eram únicos e preciosos, e se foram para sempre. Se foram para sempre, como meu avô, minha avó, meu tio, meu sogro e tantas pessoas que eu amava e ainda amo.

Em seus dois últimos anos, costumava visitar minha avó todo sábado, e passar o dia com ela e nossa família. Cada um daqueles sábados se tornou uma memória sagrada para mim. Posso lembrar de sua cabeça recostada na poltrona, cochilando depois do almoço. Era belo contemplar o descanso daquela velha cabeça, endurecida pelas batalhas da vida e abatida pelo tempo. Seu ronco suave soava como uma sinfonia. Victor Hugo estava certo quando dizia que há poucas visões mais belas que o sono dos bebês e dos idosos.

Minha avó nasceu em 1926, em Agostinho Porto, um pobre distrito do município de Nova Iguaçu, no Estado do Rio de Janeiro. Ela e seus irmãos costumavam catar carvão do leito da ferrovia, para poupar o carvão necessário para cozinhar em casa - eles colhiam as sobras do "progresso" que passava. Não havia geladeira em casa. Nem rádio, nem TV. Nunca faltou pão à mesa, mas ela já era adulta quando provou pela primeira vez o doce sabor do chocolate. Ela tinha 10 anos quando sua mãe faleceu dando à luz seu irmão caçula. Abandonou a escola para tomar conta da casa e dos irmãos. Eles eram pessoas pobres e trabalhavam duro para sobreviver, mas não era miseráveis. Eles escovavam os dentes com sabão, porque pasta de dente custava muito caro no Brasil, à época. Ela sobreviveu, prosperou e viveu uma longa vida, com seus momentos de alegria e sofrimento.

Quando criança e adolescente eu tinha modestos luxos com que minha avó e seus irmãos sequer podiam sonhar na mesma idade - eu tinha muitos brinquedos, chocolate, livros, quadrinhos, meu próprio toca-fitas... Minha mãe cresceu como uma pessoa de gostos e simples e me esforço para também sê-lo. Trabalho apenas o suficiente para garantir meu sustento e ter algum tempo para minha família, amigos, livros, filmes e games.

Sou uma pessoa realmente fácil de agradar. A verdadeira alegria é gratuita. Contemplar o céu e sentir a brisa em uma noite estrelada é gratuito. Beijar minha esposa é gratuito. Abraçar meu cãozinho é gratuito. Conversar com bons amigos é gratuito. Rir é gratuito. Lembrar de minha avó cochilando é gratuito. Todos esses grandes deleites são gratuitos! Gratuitos! Eles só me custam o precioso Tempo que não negociei por dinheiro.

Tenho esse precioso Tempo disponível, primeiro e sobretudo, porque evito dívidas. O trabalhador moderno está trancado, acorrentado e afogado por dívidas - para supremo deleite de banqueiros e outros predadores financeiros. O viajante do século XVI Jean de Léry comparava banqueiros a canibais comendo a carne e roendo os ossos de órfãos e viúvas - não é má analogia. Para o trabalhador assalariado, o endividamento é vendido como liberdade, mas termina como infindável escravidão. É uma armadilha.

Dívidas. Para quê? Consumo ostentatório para satisfazer insensatos desejos. Uma nova TV, um smartphone bacana, um carrão, uma viagem feita quase exclusivamente para postar fotos em redes sociais. Umas poucas bugigangas descartáveis e alguns dias de lazer que se transformam em meses, se não anos, de dívidas crescentes e esmagadoras. Nada além de chapéus caros para cobrir cabeças vazias e corações famintos.

Mas todos esses luxos têm um preço ainda mais alto. Todas essas TVs, smartphones e carros descartáveis - infelizmente - não crescem em árvores. Pelo contrário, muitas árvores são abatidas para que essas bugigangas sejam fabricadas. Minas são cavadas, vida silvestre é morta, rios são envenenados, ar é poluído para manufaturar todos esses inúteis itens de consumo que cedo ou tarde (geralmente cedo) acabam na lixeira.

Árvores centenárias são mortas para nos dar um mísero smartphone que será descartado seis meses depois. Trocar séculos por meses não é nada esperto. Podemos construir uma fábrica em meses, mas anos são necessários para que uma árvore cresça e prospere a partir de uma pequenina semente. Uma empresa pode falir em meses, mas uma boa árvore irá dar (não vender) oxigênio por anos. Oferecerá sombra para pessoas e abrigo para animais. Poucas coisas nesse planeta são ao mesmo tempo tão valiosas e baratas quanto uma árvore. Mas normalmente não pensamos assim. Uma árvore viva não significa Dinheiro, mas madeira morta, cortada em toras e tábuas, pode atingir um bom preço nos mercados certos.

E assim, precioso Tempo é gasto para matar valiosa Vida. Trocamos tesouros sem preço por mercadoria barata e consumo sem sentido. Que barganha estúpida! No fim das contas, sequer somos primatas muito espertos.

Agora mesmo, há alguns primatas bilionários (e também outros mais pobres) resmungando que deveríamos abandonar a quarentena e desistir de algumas vidas humanas para salvar "a economia" - o que significa sobretudo seus próprios ativos e patrimônios. Esse bilionários estão nos dizendo simplesmente que deveríamos fazer sacrifícios humanos para apaziguar o faminto deus Dinheiro. É uma terrível, grotesca e cínica reencenação dos verdadeiros sacrifícios humanos praticados por culturas de outrora em um contexto real de adoração e devoção. Esse clero capitalista merece o mesmo título dado séculos atrás a seus precursores por Jean de Léry: canibais comendo a carne e bebendo o sangue de órfãos e viúvas. Para tais pessoas, vidas humanas são simplesmente combustível para manter o motor da economia se movendo para lugar nenhum. É, quase literalmente, "cut-throat capitalism", "capitalismo selvagem".

Há algumas décadas cientistas vinham alertando sobre o perigo de "super-vírus" emergindo de florestas devastadas e da redução de habitats de animais silvestres, que tendem a se tornar superpovoados caldeirões para a fermentação de vírus, replicando e sofrendo mutações muitas e muitas vezes, eventualmente originando novas cepas poderosas e mortíferas. Quando se troca árvores por smartphones, a exploração madeireira e a mineração podem favorecer a emergência de semelhantes vírus como subprodutos indesejados. A ação humana em larga escala geralmente traz consequências não-intencionais e imprevisíveis. E as escalas são largas, pois um estômago tem limites, mas contas bancárias não.

A desigualdade social é outra aliada desses vírus. Em muito países e cidades africanos e asiáticos, as pessoas precisam recorrer a "wet markets", "mercados vivos", para comer proteína animal. Esses mercados não conseguem oferecer condições sanitárias adequadas, pois há poucas câmaras frigoríficas disponíveis (quando há alguma). Animais silvestres e domésticos são mantidos vivos nesses espaços confinados e superlotados e abatidos ali mesmo, tornando "wet markets" o ambiente perfeito para a fermentação de vírus, sua circulação entre espécies e subsequente surto. De fato, o COVID-19 começou a se espalhar no "wet market" de Wuhan - e de lá alcançou gente no mundo inteiro - incluindo pessoas ricas nas maiores megalópoles, vestindo ternos caros e comendo as melhores carnes em restaurantes elegantes. O vírus não tem preferências sobre quais humanos predar; ele simplesmente o faz, em qualquer lugar, a qualquer hora, onde possível.

O panorama da situação é relativamente simples. Em poucos anos tivemos epidemias modestas e locais e outras terríveis, como Ebola, SARS, H1N1, e agora o apavorante COVID-19. Se continuarmos destruindo florestas, e pessoas em países pobres continuarem a ter negado seu direito de comer alimentos adequadamente manejados, podemos aguardar mais e mais epidemias e pandemias nos anos e décadas por vir - inclusive mais rápidas e mortíferas. É o material com que se fazem os pesadelos.

Quanto mais devastarmos para consumir, mais forte os riscos ambientais baterão de volta. Quando predamos a natureza, predamos a nós mesmos. Nós fazemos parte da natureza, afinal de contas. NÓS SOMOS CARNE - a filósofa australiana Val Plumwood descobriu isso da pior maneira, sobrevivendo a um ataque de crocodilo. Mas temos dificuldade de aceitar essa realidade auto-evidente, como nota Plumwood:


No pensamento ocidental [...] o humano é posto à parte da natureza como radicalmente diferente. Religiões como o Cristianismo então buscam continuidade narrativa para o indivíduo na ideia de um "eu" autêntico que pertence ao reino imperecível acima da esfera inferior da natureza e da vida animal. A alma eterna é a parte real, duradoura e identificadora do "eu" humano, enquanto o corpo é animal e corrompido. [...] Me parece que na cultura de supremacia humana do Ocidente há um forte esforço para negar que nós humanos também somos animais posicionados na cadeia alimentar. Essa negação de que nós mesmos somos comida para outros se reflete em vários aspectos de nossas práticas funerárias. O caixão forte, convencionalmente enterrado bem abaixo do nível de atividade da fauna do solo, e a lápide sobre a tumba, para impedir que qualquer outra coisa nos escave de volta, impede o corpo humano ocidental de se tornar alimento para outras espécies. Filmes e histórias de horror também refletem esse terror profundamente enraizado de se tornar comida para outras formas de vida: horror é o cadáver coberto de vermes, vampiros sugando sangue e monstros alienígenas devorando humanos. Horror e ultraje geralmente acompanham histórias de outras espécies devorando humanos. Até ser picado por sanguessugas, moscas varejeiras ou mosquitos podem provocar vários níveis de histeria. [...] A ideia da presa humana ameaça a visão dualista da supremacia humana na qual os humanos manipulam a natureza de fora, como predadores, mas nunca como presas.


Como Stanley Milgram propôs décadas atrás, vivemos em um mundo pequeno e ele se tornar menor a cada dia. Partilhamos esse planeta como nossa casa comum. Em uma casa saudável não se pode esperar ter uma bela sala de jantar e uma cozinha imunda e ter boa comida à mesa. Agora mesmo, por assim dizer, Wuhan é a cozinha, a mesa está em Wall Street e COVID-19 está no menu. Devemos cuidar bem de nossa casa inteira, se quisermos viver bem e seguros nela.

Agora o mundo está quase completamente sob quarentena. Dessa vez, o meio-ambiente nos bateu tão forte que fomos obrigados a fazer uma amarga e indesejada parada.

Estamos assustados e aborrecidos, mas relatos ao redor do mundo nos dizem que o ar e a água estão mais limpos em vários lugares. Nós somos fortes, mas a natureza é ainda mais forte. Umas poucas semanas de desaceleração estão dando ao meio-ambiente uma chance de curar algumas feridas.

Se quisermos aprender alguma lição de todo este medo e sofrimento é que não apenas nós podemos desacelerar, como nós devemos desacelerar - para nosso próprio bem.

Afinal de contas, estamos sobrevivendo.

Podemos viver e prosperar com muito menos - como fez minha avó.

Podemos ter vidas significativas com menos consumo. Podemos desfrutar todas essas verdadeiras alegrias que são gratuitas - desde que nos concedamos Tempo.

Podemos preencher nossas cabeças com pensamentos significativos e dar adeus aos elegantes, caros e ridículos chapéus. Podemos compartilhar nossos sonhos com nossos filhos e nossos pais. Podemos ter tudo isso que não tem preço e faz nossas vidas valerem a pena.

Agora mesmo, temos a chance de quebrar esse ciclo perverso de consumo, dívida, exaustão e destruição.

Podemos sonhar e pavimentar a estrada para longe desse pesadelo agitado e sem sentido. Podemos construir pontes para um outro futuro, mais brilhante. Podemos escapar da tirania dos números e das metas de produção. Podemos retomar o senhorio sobre nossos insensatos desejos e deixar toda Vida ser vivida e amada.

Não será fácil. Muitos interesses estão em jogo. Temos dentro de nós mesmos essa fome por mais, e mais, e mais.

Deveríamos consumir menos e trabalhar menos.

Deveríamos partilhar mais equitativamente o produto de nossos esforços. Deveríamos reconhecer adequadamente o valor de tantos trabalhadores que são tão essenciais e tão mal pagos. Deveríamos mostrar nossa gratidão e respeito aos lixeiros que mantém nossas ruas saudáveis, aos faxineiros que limpam nossas escolas e hospitais, aos humildes fazendeiros que abastecem nossas mesas e todos aqueles trabalhadores cuja contribuição para nossas vidas é subestimada e mal recompensada.

Deveríamos desafiar os bilionários que ganham tanto e compartilham tão pouco. Eles podem viver com alguns bilhões a menos - e devem fazer isso. Eles precisam de nós muito mais que nós precisamos deles. Devemos ocupar Wall Street de novo e de novo, até que aquele 1% entenda que existimos. Quem eles pensam que são? Somos todos humanos, vivendo e sofrendo nesse planeta que partilhamos.

Deveríamos parar de adorar o deus Dinheiro e apaziguar suas necessidades com sangue.

Devemos nos importar realmente com as pessoas que sobrevivem com dificuldade, perto ou longe.

Devemos reconhecer o verdadeiro e profundo valor do Tempo e da Vida.

Mais que nunca, devemos nos esforçar para construir uma Vida melhor, mas sempre tendo em mente a sabedoria de Martin Luther King:


Mas há algo que devo dizer a meu povo que se encontra no cálido limiar que adentra ao palácio da justiça. No processo de ganhar nosso devido lugar não devemos ser culpados de malfeitos. Não tentemos satisfazer nossa sede de liberdade bebendo da taça da amargura e do ódio. Devemos sempre conduzir nossa luta no elevado plano da dignidade e da disciplina. Não podemos permitir que nosso criativo protesto degenere em violência física. De novo e de novo devemos nos erguer às majestosas alturas de encarar a força física com a força da alma.


E também devemos trazer em nossos corações as palavras de Gandhi:


Eu acredito que lutar contra aquilo que é imoral pressupõe oposição mental e, portanto, moral. Eu procuro neutralizar completamente a espada do tirano, não a trocando por um aço melhor, mas frustrando sua expectativa de encontrar em mim uma resistência física. Ele encontrará em mim uma resistência de alma que escapará à sua força. Tal resistência o ofuscará e forçará que se curve. E o fato de se curvar não humilhará o agressor, mas o enobrecerá.


Devemos lembrar o gesto de Rosa Parks - simplesmente se recusando a se levantar num ônibus e permanecendo em seu lugar, ela acendeu uma centelha que pôs em ação o Movimento dos Direitos Civis. Há grande poder nessas simples atitudes de força moral.

É simples de falar, mas muito difícil de fazer, de fato. Há tantas questões e tão poucas respostas.

O problema tem dimensões culturais, políticas e econômicas, todas emaranhadas e muito complexas.

Não é uma questão de dias ou anos, mas de décadas. Contudo, devemos começar agora mesmo.

O dia após a pandemia é o dia em que devemos começar nossa transformação.

Como sugere David Mitchell, somos todos apenas gotículas em um oceano - mas o que é um oceano, senão uma multidão de gotículas? Sejamos esse poderoso oceano.

Solidariamente,
Luiz Fabiano Tavares
Brasileiro, professor, historiador, humano

A versão original desse texto foi publicada em inglês sob o título "Post-Pandemic Manifest"; como dizia Umberto Eco, no mundo atual certas circunstâncias exigem que nos expressemos primeiro em inglês e apenas depois traduzir para nossa língua nativa - daí o procedimento.


Um comentário:

Unknown disse...

Emocionante Luiz Fabiano!