Para encontrar boas respostas, é necessário formular boas perguntas - daí a necessidade de uma atitude questionadora, em sentido amplo, profundo e pleno. A qualidade do conhecimento deriva diretamente da qualidade dos questionamentos que direcionam sua busca.
Indagações ingênuas engendram respostas ingênuas, questões falaciosas geram respostas falaciosas, perguntas superficiais induzem respostas superficiais. Por outro lado, conhecimento profundo, derivado de questionamentos bem formulados, tende a estimular perguntas igualmente instigantes, configurando assim um círculo virtuoso que convém cultivar cuidadosamente.
Para tanto, é também imprescindível questionar sempre os próprios questionamentos: "esta é uma pergunta pertinente? Como melhorar sua formulação? Por que é importante perguntar isso? Por que indagar isso, e não aquilo? Que motivos me levam a elaborar essa questão?"
É por isso mesmo que convém sempre desconfiar de questionadores que não se questionam, nem toleram ser questionados, beirando a desonestidade intelectual.
O verdadeiro espírito crítico significa questionar as respostas, mas também questionar vigorosamente as próprias perguntas: perguntar melhor, para responder melhor, sempre.
O verdadeiro questionador é aquele que questiona, antes de tudo, a si mesmo.
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