Cientificismo barato é mais perigoso que fanatismo religioso.
As teorias racistas e eugenistas do século XIX e do início do XX são bom exemplo disso. A devastação ambiental cometida pelo "homem-poderoso-pela-razão-e-mestre-da-natureza" é outro resultado dessa postura. Sem falar nos desvarios cometidos em nome da "ciência" marxista pelos regimes comunistas, ou, no mundo capitalista, por uma "ciência" econômica excessivamente confiante em seus números e modelos. Há, inclusive, certa ciência econômica tão fervorosa em suas convicções que chega a falar, um tanto religiosamente, em "ortodoxia econômica".
O fanático religioso ao menos sabe que obedece a uma fé orgulhosamente cega, enquanto o "esclarecido" cientificista acredita ser guiado pela mais pura, insofismável e incontestável razão. O fanatismo científico se baseia em "certezas" melhor mascaradas pela ilusão de "ter razão" e pela fé numa reificada compreensão da "Ciência" - essa misteriosa dama cujo endereço nunca descobri, muito embora conheça inúmeros cientistas...
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