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sábado, 15 de abril de 2017

O útil e/ou o agradável

Unir o útil ao agradável costuma ser muito difícil. A sociedade ideal seria aquela que equilibrasse o máximo de utilidade coletiva com o mínimo de desagrado individual.

Teoricamente isso seria possível em uma sociedade capitalista, mas na prática costuma ocorrer justamente o contrário. A teoria capitalista não está ao lado das probabilidades. A "alocação ótima de recursos" por obra e graça da "mão invisível" (e mais-ou-menos-cega) do mercado é uma miragem perseguida há cerca de 200 anos. Quem sabe não se realize nos próximos 200? Até lá, como bem dizia Keynes, todos estaremos mortos... 

Por outro lado, a ideia de um Estado capaz de tudo planejar pelo bem comum é uma quimera paternalista. As vertentes socialistas que pregam um Estado tutor da sociedade não passam de um desejo infantil por uma poderosa figura protetora, que facilmente degenera em um amoroso Papai Stalin enviando seus filhos peraltas para reeducação em algum gulag. Tomar os interesses do Estado pelos interesses da sociedade é uma grotesca distorção do que seria um SOCIAL-ismo.

Enfim...

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