Dedicado a Fred Oliveira e Roger Marques
Coisa curiosa, a classe média - especialmente a classe média "de esquerda", que adora enxovalhar... a própria classe média. Ou a "classe mérdia", como gostam de dizer enquanto pregam a consciência... "de classe". Mas consciência de classe alheia - se arrogam o título de procuradores políticos do povão, enquanto os pobres, geralmente, aspiram subir à classe média - ou simplesmente querem ficar ricos, de preferência jogando futebol. Duvida? Entreviste uns 20 alunos de escola municipal.
Já dizia Joãozinho Trinta: quem gosta de pobreza é intelectual; pobre gosta é de luxo. Aliás, intelectual gosta da pobreza dos outros; morar na favela que é bom... Vista de longe, bem longe, a pobreza é uma coisa admirável.
Nesse sentido, os "pensadores" [?!] reacionários têm alguma dose de razão quando criticam a "esquerda caviar" ou a "esquerda festiva".
Quando vejo proprietários ou herdeiros de imóveis fazendo mochilão na Europa e apedrejando a "classe mérdia", penso em, sei lá... telhados de vidro?
Felizmente, vivemos numa época em que qualquer um consegue se dizer oprimido por algo ou alguém. A não ser que você seja homem, branco e heterossexual - a epítome da opressão.
Cá entre nós, acho que esse pessoal podia buscar construir uma identidade como trabalhadores de classe média...
segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
O mal-estar da classe média
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Um comentário:
Há uma desconexão total entre o "ideologia/ eu quero uma pra viver" e o que se está disposto de fato a fazer para se materializar com exemplo tais "ideais". Sinceramente, acho que pouca gente esteja realmente disposto a sacrificar seu pecúlio ou a sua ninharia burguesa (uma prestação de imóvel, um carro, um celular, etc) em nome daquilo que brada nas passeatas da vida. É isso que eu não sou e evito: demagogia. Quando embarco numa vou por inteiro mas isso não é fácil, principalmente em meio a essa loucura que é a política e as posições assumidas por A, B ou C a cada 15 dias. Restaram o interesse e a passionalidade.
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