Durante o século XIX, as correntes políticas de direita defendiam com unhas e dentes o voto censitário: nada de ralé votando por aí. Por outro lado, o sufrágio universal era uma bandeira levantada por correntes de esquerda (não marxistas). Mais ainda, as sufragistas feministas lutaram muito para estender o direito do voto às mulheres. Resumindo, se você hoje pode votar no Kataguiri, no Frota [!], no Crivella, no Witzel ou no Bolsonaro, agradeça às esquerdas e feministas do passado.
Não é irônico?
MORAL DA HISTÓRIA: não demonize a esquerda (ou a direita). Uma democracia saudável depende da diversidade e da variedade de pontos de vista em contínuo diálogo, trazendo suas respectivas contribuições e perspectivas à construção da vida em sociedade. Achar que existem heróis e vilões, que o lado X ou o Y é um mal que precisa ser radicalmente eliminado é matar a própria democracia.
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