sexta-feira, 2 de novembro de 2018
Enfrentado o espelho
As esquerdas brasileiras, independentemente de partidos, para além mesmo do plano político-partidário, precisam realizar urgentemente sua autocrítica. Não apenas uma revisão de estratégias e táticas, mas uma profunda e radical ponderação sobre seus valores, referências e ideias. Tal esforço exige também uma aguda crítica de seu passado recente e remoto, no Brasil e no mundo. Precisamos exorcizar inúmeros fantasmas e quebrar numerosos ídolos: Marx, Engels, Lenin, Trotski, Stalin, Che, Castro, Mao, Prestes, Marighella, Lamarca, Brizola, Lula e tantos outros. Precisamos supera-los, sem demonização ou idolatria. Por outro lado, há que se recuperar importantes figuras do século XIX, eclipsadas pelo marxismo e pela Revolução Russa, a começar por personagens do calibre de Victor Hugo, Jean Jaurès, William Morris, entre outros. Há que se reescrever a história dos socialismos, para além das gaiolas do marxismo, para além das utopias delirantes e das escatologias revolucionárias. Tais esforços são desconfortáveis, dolorosos e aflitivos, mas imprescindíveis. Não há Fênix que se erga sem arder nas chamas renovadoras.
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