Consideremos duas linhas divergentes de evolução e sociedades na extremidade de uma e de outra. O tipo de sociedade que parecerá mais natural será evidentemente o tipo instintivo: o laço que une entre elas as abelhas da colmeia se parecem muito mais com aquele que retém juntas, coordenadas e subordinadas umas às outras, as células de um organismo. Suponhamos um instante que a natureza tenha querido, na extremidade desta outra linha, obter sociedades onde uma certa latitude fosse deixada à escolha individual: ela terá feito com que a inteligência obtivesse aqui resultados comparáveis, quanto à sua regularidade, àqueles do instinto na outra; ela recorreria ao hábito. Cada um desses hábitos, que se poderá chamar "morais", será contingente. Mas seu conjunto, quero dizer o hábito de contrair hábitos, estando na base mesmo das sociedades e condicionando sua existência, terá uma força comparável àquela do instinto, em sua intensidade e em sua regularidade. Aí está precisamente aquilo que nós chamamos "o conjunto da obrigação" ["le tout de l'obligation"].
Uma convenção tornada poderosa - pero no mucho - pelo hábito. |
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