No início de 2015 dois alunos começaram a brigar dentro de sala de aula;
quando me aproximei para intervir, acabei levando um soco na mão. Doeu.
No final de 2015, eu estava de costas escrevendo no quadro quando um
aluno jogou, "de brincadeira", a mochila. Ela ricocheteou contra a
parede e me acertou no olho. Doeu.
No começo de 2016, um estudante
que sequer é meu aluno, no tumulto do corredor, me deu um tapa na nuca.
Pelas costas. "De brincadeira". A princípio negou, mas acabou
confessando diante da mãe. Doeu.
Hoje, um menino e uma menina de 6o
ano se engalfinharam em sala de aula. A menina, que não estava
devidamente uniformizada tentou acertar um chute alto no colega; a
sandália havaina escapuliu de seu pé e me acertou. NO ROSTO. Levada à
direção da escola, a aluna não mostrou arrependimento nem pediu
desculpas. Se achava coberta de razão, pois o colega havia sujado seu
trabalho. Doeu. Presente pelo "Dia do Mestre", talvez.
Em menos de dois anos sofri QUATRO agressões físicas. Duas delas propositais - "de brincadeira".
Em oito anos de magistério público já perdi a conta das agressões morais sofridas.
Há algo MUITO errado na escola pública...
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