Tenho trabalhado com uma fonte muito interessante, a Memória político-econômica sobre o Maranhão, escrita por volta de 1798 por Joaquim José Sabino de Rezende Faria e Silva, bacharel que exercera o cargo de Secretário do Governo da Capitania do Maranhão e Grão-Pará.
O texto era endereçado à coroa portuguesa e, obviamente, apresenta muitos pontos de vista pertinentes à época. Não obstante, apresenta muitas noções interessantes e que, até hoje, poderiam ser ouvidas com proveito - ficaria muito contente que nossos atuais governantes seguissem essas ideias. Selecionei alguns trechos para partilhar aqui:
"O cuidado da conservação humana merecer ser o primeiro cuidado de quem governa os homens".
"O padecer da humanidade é sempre horrível aos olhos do homem. E quem, pelo estro político, se esquece do ser humano, tão longe está de merecer glória, que lhe deve ser riscado o seu [sic] nome na memória do mesmo homem".
"Assim como o ator somente alcança apupadas do espectador quando se não domina do papel que representa, assim o homem público atrai a si o desprezo e o ódio dos povos, quando, no teatro civil, em vez de desempenhar o seu cargo, obra somente ações de homem particular, em tudo diferentíssimas, e, talvez, contrárias aos representantes deveres".
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