Os cristãos que põem e impõem normas, fardos e prescrições variadas acima do amor e da compaixão incondicionais ainda não compreenderam a essência libertadora da mensagem cristã. Não são livres, nem conhecem a verdade que liberta.
Desconhecem a verdade, da qual se acham donos. Desconhecem a Deus, que compreendem em demasia. Como donos da verdade, não serão jamais buscadores de uma verdade que já julgam possuir e dominar.
Adoram ídolos fabricados em suas pueris fantasias de controle e poder. Servem-se de Deus, em lugar de servi-Lo. Transformam-se em ventríloquos da divindade, que manipulam qual fantoche. A "palavra de Deus" é sempre aquela que sustenta seus preconceitos, ódios e caprichos, adulando seu soberbo senso de superioridade moral.
Apedrejariam a mulher adúltera, desprezariam o bom samaritano e rejeitariam o filho pródigo - crucificam Jesus diariamente. Adoram o Cristo, mas clamam por Barrabás. Olham, mas não enxergam. Ouvem, mas não escutam. São apenas cegos conduzindo cegos, falsos profetas, fariseus redivivos.
Preferem a letra que mata ao espírito que vivifica.
Preferem a letra que mata ao espírito que vivifica.
Em sua soberba, fazem-se pedras de tropeço, para cristãos e não-cristãos.
Autonomeados porteiros do Paraíso, certos de sua "salvação", fazem do mundo um dantesco purgatório. Sua religião é maior que Deus - rematada tolice, como dizia Shakespeare.
Felizmente, para eles, o amor cobre a multidão dos pecados. E Deus, diz a sabedoria joanina, é Amor. A estrada de Damasco possui mais curvas que imaginamos, e é longa como o Universo...
Nenhum comentário:
Postar um comentário