Trechos selecionados de esclarecedora entrevista com Luiz Marinho, atual Presidente Estadual do PT em São Paulo:
O PT deve fazer alianças com partidos que apoiaram o impeachment de Dilma Rousseff?
Veja, nós temos que recuperar bases. A maioria do povo também apoiou o impeachment e nós queremos recuperar a maioria do povo. Não vejo a necessidade de um grande arco de alianças para a candidatura do Lula. Vamos precisar de uma grande aliança para governar, no Congresso. Mas isso pode se dar no processo eleitoral ou pós-eleições. Agora vamos analisar no sentido de ganhar a eleição. Depois se tomam providências sobre composição da base no Congresso.
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Mas isso [alianças estaduais com o PMDB] contraria uma decisão do Diretório Nacional do PT.
Seguramente o diretório vai revisitar esse tema e vai saber trabalhar a complexidade momentânea da política brasileira. Reposicionamentos eventuais podem acontecer, mas não vai ser um "liberou geral". Mas o PT deve permitir aliança com partidos que apoiaram o "golpe" [notem-se as aspas].
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Lula disse que o eleitorado de Dilma se sentiu traído pelas mudanças na política econômica. O senhor concorda com isso?
É um sentimento. Sentimento não se muda. O sentimento do eleitorado realmente foi esse. Em 2014 já tinha muita gente reclamando da Dilma, depois com a história do Joaquim Levy ministro (da Fazenda) de fato se colocou dessa forma.
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A presença dela [Dilma] no palanque de Lula atrapalha?
Se ela não for candidata, não ajuda nem atrapalha.
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