Nós somos de muita utilidade aos olhos de todos aqueles que aceitam nossas premissas, isto é, que a conquista do ar é o primeiro dever da nossa geração.
Uma parcialidade cara da natureza que, através dos tempos, reservou para nós a conquista do seu último elemento! Nossa época será admirada pelo modo como desempenhamos essa tarefa única de uma nova e grande conquista. Para aqueles de visão curta ou política, há nisto só um aspecto de patriotismo: é o impulso a ser dado aos nossos sucessores, que dependerão das técnicas de aviação para a reforma do nosso exército do século XVIII e dos nossos navios ridículos.
Não imaginem que nós sentimos todos a mesma coisa e no entanto sentimos ainda mais do que isso. Estamos diante de algo que domina e ultrapassa a nossa imaginação. Cada um sabe que cem mil homens, seus semelhantes, trabalharão nisto com toda a força, durante gerações, e ainda longe do fim entrevisto. Meu espírito vivo tem limite para as suas palavras. O extremo cuidado que temos no nosso trabalho vai mais além. Não é trabalho mercenário nem feito por obrigação. A aviação e o soldo são pulgas para coçar no nosso entusiasmo.
Não pensem também que estou querendo dizer que somos pretensiosos; pecamos como todo mundo, orientados para um ponto extremo, por um único motivo: estamos preocupados com uma coisa maior do que a gente. Traduzimos isto em termos de roscas e cilindros, para uso diário. Se um de nossos ferros-velhos não pode voar por culpa nossa, a esquadrilha baixa a cabeça, sentindo-se desonrada.
Se você disser a Tug que, na regulagem dele, ficou alguma coisa por acabar, ou a Pitaine, que o motor não está tão bem conservado como deveria, corra depois, porque se eles acreditarem que você está dizendo a verdade, vão matá-lo.
Lawrence e seus companheiros teriam se orgulhado do clássico Harrier "Jump Jet", uma das obras-primas da aviação militar britânica... |
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