"Quando observamos algum político de segunda na tribuna repetindo de modo mecânico os chavões familiares [...] temos muitas vezes a curiosa sensação de que não estamos vendo um ser humano, mas algum tipo de simulacro [...] E isso não é de forma alguma uma fantasia: o orador que usa esse tipo de fraseologia já avançou muito no sentido de se transformar numa máquina. Os ruídos apropriados saem de sua laringe, mas seu cérebro não está envolvido como estaria se ele escolhesse as palavras por si mesmo. Se o discurso que faz é do tipo que está acostumado a repetir sem cessar, ele talvez quase não tenha consciência do que diz, como acontece quando repetimos respostas numa igreja".
George Orwell
Um comentário:
Orwell já sabia. Do que? De tudo.
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