Ficções distópicas costumam imaginar regimes políticos opressivos onde a alta tecnologia é posta a serviço da vigilância da população sob os mais variados aspectos, estabelecendo intoleráveis sistemas de controle social.
Em uma autêntica distopia à brasileira os avançados sistemas de vigilância seriam adquiridos a preços superfaturados e apenas parcialmente instalados (fora do prazo, de preferência). O equipamento instalado seria parcamente supervisionado, por falta de pessoal, empregando mão-de-obra precarizada. Finalmente, o custoso equipamento logo deixaria de funcionar, por falta de manutenção. De resto, as autoridades em nossa distopia brasileira estariam mais interessadas em coletar propinas que em realmente vigiar a população...
Gambiarra panóptica |
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