Sem crítica, não há diálogo, ficamos nos monólogos e solilóquios, falando para nossos umbigos. Nesse sentido sou voltairiano à outrance: posso discordar completamente da sua opinião, mas lutarei até a morte pelo seu direito de manifesta-la (e até farei algum esforço para ouvi-la, entende-la e responder educadamente).
Infelizmente, a cultura da "lacração", do "cancelamento" e similares caminha no sentido oposto. Recorre à estética vitoriana do vexame para impor formas de censura tácita. Enfim, é o tipo de manifestação que não me agrada, nem me interessa
.
Por sinal, ponderar honestamente sobre as críticas dos "inimigos" é um ótimo exercício de autocrítica. Muitas vezes o "inimigo" sinaliza defeitos que o amigo prefere ocultar. Às vezes o inimigo pode ter alguma dose de razão.
Por sinal, ponderar honestamente sobre as críticas dos "inimigos" é um ótimo exercício de autocrítica. Muitas vezes o "inimigo" sinaliza defeitos que o amigo prefere ocultar. Às vezes o inimigo pode ter alguma dose de razão.
Como dizia Sócrates, "A verdade não está COM os homens, está ENTRE os homens". É no espaço relacional e dialógico do "entre" que a dialética se faz possível.
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