Os ricos riem no Rio, enquanto ratos roem requintados réquiens nas ruas.
Sinos soam subitamente: selvagem, sinistra e sorridente, a submissa sublevação suburbana segue sangrenta, em subversiva sanha.
"Polícia e prisão para os pobres", pregam pérfidos pastores em seus promíscuos prostíbulos, proclamando perversas pedradas e perdoando príncipes pecadores.
Cruéis chuvas caem na cidade comida e carcomida por criminosos, cupins, carunchos e corruptos.
Gatunos e gringos gastam e gozam gostosamente; graves gangrenas geram gritos e greves na guerra geral dessa geena.
Lindas louras e lívidos lacaios, larvas leais, louvam, lambem e lambuzam os legítimos ladrões e lídimos larápios da labuta legislativa.
Em seus terríveis tormentos, traumatizada por torpes tramas e trambiques, a triste turba tropical troveja, em transe, como tremenda tormenta sobre túmulos tomados por terrores.
Dias devastadores deturpam e destroçam, entre duros dentes, as diluídas diretrizes democráticas dessa discreta ditadura.
Milhares de mendigos mancham a madrugada dessa machucada metrópole de mentirosos militantes malucos e malandros mestres de mamatas.
Os ricos riem no rio, enquanto ratos roem réquiens nas ruas.
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