Os direitos do trabalhador são um fardo insuportável para a sociedade, mas a margem de lucro do empresário é um impulso maravilhoso e sacrossanto para o desenvolvimento social. A cobiça do patrão é uma virtude, enquanto a mera existência do salário mínimo é um vício social imperdoável.
Toda reivindicação do trabalhador é supérflua e abusiva, portanto uma potencial ameaça à economia. Toda reivindicação do patrão é uma necessidade imperiosa, potencialmente benéfica para toda a sociedade. Os interesses do trabalhador são necessariamente ruins para o patrão e para a sociedade, MAS todos os interesses do patrão são necessariamente bons para a sociedade e para o trabalhador. Eis, num tosco esboço, a linha central de argumentação endossada por grupos neoliberais e conservadores hoje no Brasil. Apenas eu acho tudo isso muito frágil e contraditório?
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