Como socialista não-marxista que sou (desde os 13 anos de idade) e radical defensor da democracia, a sociedade em que eu gostaria de viver seria algo como um republicanismo plural, onde ideias socialistas, liberais e conservadoras pudessem dialogar de modo mutuamente respeitoso, pacífico e construtivo, com uma economia de mercado não-capitalista.
Infelizmente muitos socialistas confundem socialismo com estatismo ilimitado e economia planificada. Por outro lado, um dos grandes problemas da economia de mercado capitalista é sua forte, talvez inexorável, tendência à formação de oligopólios. Numa economia saudável e diversificada seriam necessárias empresas de portes e modelos variados: empreendimentos familiares, pequenas e grandes cooperativas, algumas empresas de médio e grande porte, públicas ou privadas - todas elas regulamentadas por leis cuidadosamente balanceadas, salvaguardadas por mecanismos de fiscalização tão transparentes quanto possível.
Em suma, gostaria de ver um Mercado forte e dinâmico, devidamente vigiado (mas não controlado) por um Estado ainda mais forte, plural e democrático, ciosamente controlado por uma Sociedade Civil politicamente mobilizada e participativa, vigorosamente ativa, com ampla consciência cívica e profundo compromisso com o bem-estar da coletividade.
Mas como nosso Brasil anda longe disso...!
(Reflexão dialeticamente partejada conversando com o filósofo conservador Thales de Oliveira).
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