Afinidades interessam e importam muito mais que identidades.
As primeiras convidam ao movimento e à abertura, enquanto as últimas induzem à estagnação e ao fechamento. Afinidades tendem a dissolver barreiras e a formar laços, enquanto identidades frequentemente elevam muros e forjam grilhões. Identidades geralmente enfatizam diferenças para fabricar similaridades, enquanto as afinidades mobilizam as similaridades para transcender as diferenças. Em sua plenitude, a afinidade aceita o outro tal como é, enquanto a identidade, cedo ou tarde, exige que ele se torne alguma coisa: uma atrai, onde a outra impõe.
"Eu e tu", diz uma; "nós contra eles", clama a outra.
As afinidades remetem à generosa leveza da Graça, enquanto as identidades lembram a mesquinha dureza da Lei...
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