Newsletter

Sua assinatura não pôde ser validada.
Você fez sua assinatura com sucesso.

Oficina de Clio - Newsletter

Inscreva-se na newsletter para receber em seu e-mail as novidades da Oficina de Clio!

Nous utilisons Sendinblue en tant que plateforme marketing. En soumettant ce formulaire, vous reconnaissez que les informations que vous allez fournir seront transmises à Sendinblue en sa qualité de processeur de données; et ce conformément à ses conditions générales d'utilisation.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Imaginação e ensino de História

Em outra oportunidade já discuti por aqui sobre o uso de narrativas ficcionais ou míticas de época em sala de aula, enfatizando seu poder sobre a imaginação dos alunos. De fato, creio que a imaginação e a criatividade são das melhores ferramentas para que os alunos desenvolvam o raciocínio histórico.

Em minha prática pedagógica costumo propor muitas atividades nesse sentido, geralmente com resultados muito satisfatórios. Por exemplo, nesse ano realizei com uma de minhas turmas o seguinte exercício: eles deveriam escrever individualmente ou em duplas uma carta adotando a identidade fictícia de navegantes portugueses escrevendo ao rei sobre as terras que visitaram e as peripécias por que passaram. Na atividade eles tiveram total liberdade para criar terras, povos e até animais imaginários. O resultado foi muito positivo e tive textos muito criativos. Outro bom exemplo foi certo trabalho que fiz com algumas turmas em 2008 ao abordar os povos da Antiguidade e seus universos mitológicos. Tendo trabalhado algumas narrativas míticas propus aos alunos que criassem uma figura mitológica (divindade, herói ou monstro) e posteriormente inventassem uma história envolvendo esses personagens. A atividade gerou frutos positivos, especialmente em uma turma pouquíssimo interessada que se sentiu muito mobilizada pela proposta.

Obviamente a intenção da atividade não é a fixação ou memorização de conteúdo da disciplina. Seu objetivo é estimular o aluno a pôr-se no lugar dos seres humanos da época estudada, a pensar segundo seus critérios e valores, enfim, a ver o mundo por outra perspectiva. Considero estas habilidades muito importantes para a formação de um aluno capaz de pensar historicamente.

Concluo lembrando o historiador britânico Peter Laslett, que ressaltava a importância da imaginação histórica no ofício de historiador, ajudando-o a se guiar nos labirintos das fontes, interpretando-as criativamente, de modo a propor questionamentos ou hipóteses cada vez mais ricos.

Um comentário:

Unknown disse...

Atualmente é muito dificil prender a atenção dos alunos em sala de aula e sendo assim o professor precisa inovar e fugir do lugar comum.
Tente se imaginar como um aluno que em casa tem video game, internet (com todos os recusos que a mesma oferece),ipod, tv a cabo e que ao chegar na escola se depara com um quadro branco e um professor sem criatividade, o que você pensaria? "Que saco" . As salas de aula de antigamente devem permanecer no museu dos tradicionalismos e devemos inovar.
Entretanto não se seria somente por meio de tecnologias que o professor chamaria a atenção do aluno, mas também com idéias criativas como as colocadas pelo autor de blog.