Este cartum me lembrou meus alunos que chamam mitologia grega, entre outras coisas, de "macumba". Depois de alguns anos cheguei à conclusão que, para muitos deles, "macumba" não tinha a ver especificamente com as religiões afro-brasileiras, é uma categoria genérica para qualquer coisa não-cristã.
Certa vez uma amiga evangélica fez uma encomenda de artesanato com minha esposa, uma plaquinha para botar na porta do novo apartamento, com aquela passagem famosa de Josué, "Eu e minha família serviremos ao Senhor".
Minha esposa foi pegar o versículo na Bíblia de Jerusalém e lá estava "Yahweh", em vez de "Senhor". Nossa amiga estranhou. Priscila explicou que Yahweh é o Deus judaico-cristão.
A amiga respondeu: "Só se for o Deus da Macumba!" No fim, a plaquinha acabou ficando com a versão Ferreira de Almeida, "Senhor". Fica a questão: será que a Bíblia de Jerusalém é a "Bíblia da Macumba"?
Parafraseando Eduardo Viveiros de Castro: "No Brasil, tudo é macumba, exceto o que não é"...
Nenhum comentário:
Postar um comentário