Uma amiga médica, teve COVID em maio - essa semana testou positivo DE NOVO. Encaminharam o caso dela para estudos. As reinfecções estão acontecendo. Centenas de crianças ao redor do mundo vêm manifestando uma síndrome inflamatória que deveria ser rara, mas tem ocorrido associada à infecção viral, muitas vezes resultando em óbito.
Semana passada, segundo li no último boletim epidemiológico da OMS, foi a semana com mais óbitos registrados no mundo desde o início da pandemia, cerca de 50% dos quais na América, com EUA, Brasil e Argentina liderando. O número de casos registrados nas Américas segue subindo há um mês, com um salto na última semana. Outra coisa que me entristeceu muito nesse último boletim foi a estatística (até bastante óbvia) de que até agora as categorias profissionais com maior número de óbitos são as da área da Saúde.
A situação está cada vez pior, mas os cidadãos, e mesmo os órgãos governamentais, agem como se fosse o contrário. Parece que todo mundo resolveu tocar a vida de volta à "normalidade", com máscara e álcool gel, "morra quem morrer", como disse um prefeito por aí, não lembro bem onde.
A dura realidade, me parece, é que nossa sociedade hedonista e consumista resolveu remar na barca de Caronte, "sem medo de ser feliz". Olho para isso tudo como uma grande tragédia moral, nosso atestado de falência civilizacional.
É um tipo de "banalização do mal" comparável àquele experimentado sob o Nazismo. Já ultrapassamos um milhão de mortes ao redor do mundo - e ainda não terminou a tragédia. Estamos coletivamente lavando nossas mãos diante do Holocausto Pandêmico, indiferentes e bestializados.
Fica cada vez mais evidente que lucro e prazer nos importam mais que vidas - "morra quem morrer". Diante de tanta insanidade, quem parece louco é quem está cumprindo a quarentena, preservando as vidas de suas famílias e poupando a coletividade de riscos desnecessários. Realmente, como dizem, é difícil viver decentemente em tempos indecentes.
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