O desastre de São Paulo é, antes de tudo, muito triste. Em grande medida, é um retrato ao absurdo do drama cotidiano que é o problema habitacional em nosso país. Todavia, até que haja maiores esclarecimentos sobre as circunstâncias do ocorrido, que parecem bastante nebulosas e complexas, vamos evitar a politização excessiva do fato, especialmente a politização eleitoreira.
Me parece que é, inclusive, uma questão de respeito e solidariedade com as próprias vítimas, cujo sofrimento não deve ser simplesmente apropriado e instrumentalizado por agendas políticas que lhes são estranhas, em favor da polarização que ora devasta o Brasil. O caso TEM dimensões políticas, mas elas podem (e talvez devam) esperar.
Que, nesse momento doloroso, possam ao menos chorar em paz. Que o sofrimento humano venha antes e acima das paixões políticas, nunca o contrário.
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