Por mais que o Crivella me pareça execrável, o tal enredo da Mangueira me soa mais como politiqueiro que político. Se a Mangueira está realmente interessada em discutir politicamente o Carnaval, por que não debater a assimetria com que os recursos oferecidos pela prefeitura são distribuídos entre as escolas do grupo especial e dos demais grupos?
Crivella vem usando o Carnaval para consolidar sua posição junto a seu eleitorado cativo; isso é visível. Todavia, a Mangueira me parece mais usar (nem tão astutamente) a posição de vítima para advogar em causa própria. O destaque do político Chiquinho da Mangueira na história toda não me parece nada inocente.
Vale lembrar, inclusive, que esse foi um dos temas usados para crucificar o Freixo nas eleições de 2012, então declarado inimigo nº 1 das escolas de samba...
Ao contrário do que prega certo imaginário "de esquerda", as escolas de samba, especialmente as do grupo especial, agregam interesses por vezes muito distantes do que se qualifica ingenuamente como "luta popular"...
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