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segunda-feira, 15 de junho de 2020

O Brasil segue em chamas

Hoje houve um incêndio de graves proporções no Museu de História Natural da Universidade Federal de Minas Gerais.

Mais perdas irreparáveis de nosso inestimável e inestimado patrimônio paleontológico, arqueológico, etnográfico, botânico, zoológico...

Do pouco que temos, é triste que percamos sempre tanto. Perdemos até o que nem imaginávamos que tínhamos.

Sonhamos baixo e nos contentamos com pouco. Qualquer migalha nos satisfaz.

Para usar o velho ditado, somos como burros contemplando palácios. Pior: somos burros incendiando palácios.

Sempre zelosos com o efêmero, seguimos consumindo o que deveria ser duradouro.

Choramos quando uma catedral arde em Paris, mas pouco nos importa que arda (mais) um museu em nosso próprio solo.

Caminhamos a passos largos para vencer o campeonato mundial da pandemia e dos pandemônios.

Seria fácil, fácil demais, culpar este governo, os anteriores ou os próximos - pois novas perdas, infelizmente, hão de vir.

Somos um povo que se construiu marcando peles a ferro quente. Fogo, brasas e fumaça são nossa herança, nossa sina, nossa marca.

Em muitos sentidos, sentidos demais, literais e figurados, imbricados e superpostos, o Brasil se posiciona na vanguarda da triste arte da ocultação de cadáveres.

Queimar e cremar...

Cremar e queimar...

Passado, presente, futuro: carvão, fuligem, cinzas.

Noite ou dia, o fogo nunca se apaga.


Um comentário:

Unknown disse...

Lamentável! Me lembrou o incêndio do Museu Nacional!