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sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Monumento à Ternura

O ser humano é uma criatura miserável, sabemos bem. Nem é necessário consultar o noticiário policial ou as páginas mais sombrias da história humana: um pouco de introspecção basta para constatar as trevas que habitam em nós.

No entanto, felizmente, somos mais que isso.

Há poucos meses uma simpática cadelinha de rua começou a frequentar uma das escolas onde trabalho. Com o desembaraço típico dos cães, logo fez amizade com os seguranças da escola. Em pouco tempo apareceram vasilhas com água e ração.

Algum tempo depois apareceu uma amiguinha que, sem nenhuma timidez, também foi se instalando. A qualquer hora do dia é possível encontrá-las rondando a guarita de entrada da escola.

Hoje, retornando do almoço, eis que encontro uma singela casinha, improvisada com um caixote, papelão, um pedaço de lona e algum bocado de ternura. Um humilde abrigo para horas de frio, chuva ou solidão.



Em seus momentos mais terríveis, o ser humano ofende, agride, fere, mata, estupra, tortura. Por outro lado, em suas horas mais felizes, ele cuida, alimenta, acolhe, consola, presenteia, abraça. Pode tomar violentamente, mas também pode oferecer gratuitamente.

Estranho ser de fúria e dádiva, metade fera, metade anjo, quem compreenderá o bicho-homem?

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