Ontem fui com minha amiga Rosiane ao ato nacional "Protestar não é crime". Embora não tenham comparecido os quatro mil previstos, foi uma bonita manifestação. Saímos da Candelária, entrando pela Rio Branco e dobrando na Almirante Barroso, até o Tribunal de Justiça. Até a hora em que eu e Ro viemos embora, a polícia ainda não havia provocado nenhum tumulto - apesar do efetivo gigantesco do Choque. Éramos gente de todas as tribos, de todas as opiniões, de todas as categorias, de todos os posicionamentos políticos, unidos por uma causa: LIBERDADE. Éramos o povo, oceano onde se afogam todos os tiranos, como dizia Victor Hugo.
Tenho duas coisas a destacar sobre o ato. Em primeiro lugar, fiquei muito contente ao ver alguns funcionários da COMLURB participando da manifestação. É bonito ver uma categoria tão desvalorizada e geralmente associada pelo preconceito social à ignorância conquistando seu devido lugar no concerto da cidadania - principalmente depois da belíssima e magistral greve que eles conduziram esse ano. São sinais de um real despertar dos trabalhadores.
Também fiquei muito feliz ao conversar com dois jovens, mal saídos da adolescência. Cheios de dúvidas, com posicionamentos políticos hesitantes, mas cheios de entusiasmo, aprendendo na rua a ser cidadãos, buscando, aos tateios, mas cheios de coragem, os significados da cidadania.
O Brasil está repleto de amanhã.
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