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domingo, 12 de fevereiro de 2012

Das possibilidades em História

Ando meio atarefado para postar aqui... Só terei tempo para o blog de novo lá para março. No entanto, essa semana li um trecho muito interessante de O negócio do Brasil, de Evaldo Cabral de Mello. Achei muito interessante o modo como o autor discute uma questão tão polêmica sem recorrer aos clichês de sempre...

"Escusado aduzir que o assunto aqui versado [as negociações diplomáticas em torno do Brasil holandês], como em geral os de história política e diplomática presta-se idealmente às análises contrafatuais, visando às possibilidades alternativas dos processes históricos, ou seja, 'aquilo que poderia ter sido e que não foi', como no verso de Manuel Bandeira. A moda está sendo tão cultivada, especialmente entre os anglo-saxões, que já caberia talvez falar num novo gênero historiográfico, a 'história virtual'. Na realidade, a novidade não é tão grande assim, na medida em que a contrafatualidade é inerente a todo raciocínio historiográfico, como há muito percebeu Max Weber, embora frequentemente não seja explicitada. Na fórmula de Raymon Aron: 'Todo historiador, para explicar o que foi, se pergunta o que poderia ter sido'. A atribuição de relevância a determinados fatos é feita mediante uma operação comparativa pela qual o historiador se pergunta o que teria ocorrido na inexistência deles. Donde o apelo de Huizinga no sentido de que ele procurasse inclusive colocar-se num ponto do passado no qual os fatores conhecidos parecem permitir diferentes caminhos. Se tratar de Salamina, deve fazê-lo como se os persas ainda pudessem ganhar a batalha; se se ocupar do golpe de Estado de Brumário, como se Bonaparte ainda pudesse ser ignominiosamente repelido'. Essa capacidade da historiografia de entrever alternativas mesmo quando elas já se fecharam de todo constitui uma das razões da originalidade da sua démarche científica".

Um comentário:

Memória e História de Queimados disse...

Putz! Nessa semana discuti sobre isso nas minhas turmas de 1º ano... Em algumas delas, a galerinha mergulhou mesmo na questão e o debate rolou solto! É tão raro...rs Acho que vou recomendar a leitura desse post no teu blog, pra tentar empolgar os outros! Abração