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quinta-feira, 16 de maio de 2019

Bolsonaro contra a Educação

1) A ideia de que o governo está cortando verbas do Ensino Superior para realocá-las no Ensino Básico é falaciosa, pois as verbas destinadas ao Ensino Básico também sofreram cortes.

2) O MEC está demasiado preocupado em cortar gastos com as universidades públicas, quando há gastos monstruosos com o infame FIES, através do qual o governo vem há anos sustentando as universidades privadas. Preservar o FIES em detrimento do orçamento das universidades públicas é uma absurda inversão de prioridades, colocando interesses privados à frente de interesses públicos.

3) Dilma e Temer efetivamente fizeram cortes no orçamento do MEC - cortes maiores que os de Bolsonaro, inclusive. No entanto, os presidentes anteriores fizeram cortes consideráveis também em outros setores. Desse modo, proporcionalmente, o corte de Bolsonaro é muito mais rigoroso contra o MEC que contra outras pastas. Ou seja, o atual governo parece se preocupar com Educação AINDA MENOS que os anteriores. Basta comparar: em 2015, Dilma cortou 9,4 bilhões do MEC, mas o total dos cortes chegava a 78 bilhões; com Bolsonaro, o corte contra a Educação é de "apenas" 5,8 bilhões, mas o total é de "apenas" 29,5 bi.

4) Os cortes anteriores foram feitos com "simples" discurso de austeridade fiscal. Os cortes atuais, pelo contrário, foram anunciados pelo ministro com tom de hostilidade às universidades públicas, ofensivamente taxadas como locais de "balbúrdia". Isso confere aos cortes um caráter punitivo que os torna ainda mais detestáveis. É inadmissível que um ministro de Estado trate dessa maneira as instituições de ensino sob sua responsabilidade, desrespeitando os professores, pesquisadores, servidores e estudantes dessas instituições. Dilma e Temer apresentaram tais cortes como um mal necessário, enquanto a equipe de Bolsonaro tentou, ABSURDAMENTE, apresentá-los como um castigo merecido. Há uma significativa diferença entre essas abordagens.

5) Nesse contexto, a distinção entre "corte" e "contingenciamento" é mero malabarismo retórico. As instituições serão efetiva e imediatamente prejudicadas por essas medidas. Mais uma vez, cabe questionar por que razão o ministério se mostra mais comprometido com os interesses das universidades privadas que com a adequada manutenção das instituições públicas. É como se alguém tirasse comida de seus próprios filhos para sustentar os filhos do vizinho...


Um comentário:

Unknown disse...

Ignorantizar para dominar! Enriquecer os empresários, donos de universidades particulares , eis o objetivo desse governo inútil!