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domingo, 1 de julho de 2018

Corrompendo a juventude

Rio. Zona Norte. Agência bancária. Sexta-feira. 17 horas.

Todos os caixas eletrônicos estão ocupados, mas não há fila. Chega um homem acompanhado da filha de seus 5 anos. Naturalmente, ele passa por cima das linhas estampadas no chão para orientação da fila. Com a inocência típica das crianças, ela protesta: é preciso respeitar a linha! O pai argumenta que não é necessário; a menina retruca:

-Mas, pai, tem que respeitar as regras!

A essa altura o pai poderia oferecer uma resposta sensata, esclarecendo que a linha só serve para ajudar a organizar a fila quando o banco está cheio; que naquele momento não havia fila; que podiam fazer aquilo sem prejudicar ninguém; etc etc etc. Em suma, que apresentasse algum argumento simples e sensato, capaz de fazer a criança compreender que a linha no chão é uma convenção que, naquele momento específico, não precisava ser estritamente observada. No entanto, muito brasilicamente, o pai sai com uma resposta marota, iniciando a menina nos cândidos descaminhos da burla e do cinismo:

-A gente tá sozinho (sic) aqui - não tem ninguém olhando.

E assim começa a primorosa formação de uma jovem cidadã da República Federativa do Brasil: heteronomia pouca é bobagem...


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